terça-feira, 20 de dezembro de 2011

JOVEM GUARDA




"O futuro pertence à jovem guarda porque a velha está ultrapassada” (Lênin).
Década de 50, período de grandes acontecimentos revolucionários tais como avanços tecnológicos, mudanças comportamentais e também palco de grandes descobertas científicas. Nesta época o Brasil conhece a televisão o que representou um fator importante para cultura popular. No final deste período de revolução surgi um movimento que misturava música, rebeldia e moda e diferentes de outros movimentos da época não tinha cunho político.
O termo Jovem Guarda é oriundo de um programa de auditório exibido na TV Record e foi extraído de um discurso de Lênin. O movimento era liderado por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléia. Seguia os moldes dos movimentos Rock ’n Roll de Elvis Presley e Beatles e o rock nacional apelidado de “Iê- Iê- Iê”, expressão surgida após os Beatles ter lançado o filme “A Hard Day’s Nght”. A idéia era proporcionar aos jovens da época uma forma diferente de fazer musica, se vestir e se expressar (usando gírias).
No programa, No programa, Roberto Carlos arrumava seu microfone, e seus dedos exibiam anéis de ouro e jade, seu pulso carregava uma grossa pulseira com seu nome, seus cabelos eram desafiadoramente compridos para a época. Após uma dose de San Raphael, dizia algumas gírias e curvava o tronco até a altura dos joelhos. O medalhão de ouro saltava da camisa. Ele esticava o braço e anunciava: ''O meu amigo Erasmo Carlos!'' Tinha início o maior show da música juvenil.
O movimento se tornou um sucesso em todo Brasil e ultrapassaram as barreiras da música criando moda, costumes e linguagem para a juventude. Gírias, cabelos compridos, roupas com cores extravagantes, camisas floridas e babados para os homens e mini-saias e maquiagens demasiadamente exageradas para as mulheres, anéis, colares, enfim, contrapondo-se a sociedade extremamente rígida e conservadora
O iê-iê-iê tomou conta das paradas de sucesso, sobretudo depois do lançamento do disco Jovem Guarda, musicas como “Quero que Vá Tudo por Inferno” tornou-se hino do movimento e é tocada até hoje e freqüentemente regravada por outros cantores.

VÍDEO



Referencias bibliográficas:



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